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17.1.21

Triste

É triste, quando as borboletas morrem e parece que toda a ilusão de um futuro é esquecida e apagada da nossa mente. Quando te mostram que o que tu esperas é apenas e meramente um filme na tua cabeça e a vida não é um filme.
Sim, a vida não é um filme.
A vida não costuma ter finais felizes, e a vida trata de mo mostrar constantemente.
Eu perco por ser e por não ser. Por dizer e por não dizer. Por existir e por não existir.
Eu perco.
A vida tem disso.
O que é maioritariamente triste é a maneira como caímos na ilusão de que temos controlo de como a vida pode ser, como as coisas podem correr, e é isso, apenas uma ilusão.
Não percebo como é fácil as pessoas serem frias, distantes, normalizem e banalizarem desgostos, quedas, falhas, e não darem importância a certos detalhes.
Porque na verdade o que importa é detalhes.
Porque na verdade ao que te agarras é a isso, detalhes.
Mas depois vem a vida e mostra-te que os detalhes são nada. Os detalhes são armadilhas.
Armadilhas para a ilusão, armadilhas para te agarrares a esperança que já deveria ter morrido, à força que já não deveria ser imposta em nada.
E tu burra, cais nas armadilhas, cais na falsa esperança de que o filme que tu construiste pode ser por aquele caminho.
Não pode.
Não esperes.
Não tenhas ilusões.
Sonha sim, mas sonha com as coisas certas, as coisas alcançáveis.
Porque a queda é menor se vires alguma luz ao fundo do túnel. 
Ou aprende a esperar cair, aprende a aceitar que vais falhar, não esperes o contrário, espera que tudo dê errado, assim qualquer degrau é uma vitória e não te desiludes com as armadilhas do caminho.
Assim a vida pode ser menos triste. 

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